Um fenómeno universal
Durante muitos anos, erradamente, ou não, a preferência dos portugueses, quanto à escolha da localização de uma habitação, assentou fundamentalmente em dois eixos principais, as chamadas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Ora uma das razões, senão a principal, para tal decisão de milhares de portugueses ficou a dever-se, por um lado, aos altos preços das habitações em Lisboa e no Porto, a qual foi acompanhada de um ligeiro abaixamento nas áreas limitrofes já referidas. No entanto, mesmo nesses locais afastados dos grandes centros encontravam-se habitações muito caras, se atendermos, por um lado, ao tipo de construção e por outro, à dificuldade, devido ao transito, para chegar ao centro, onde habitualmente se encontravam os locais de trabalho da grande maioria das pessoas que fugia para as áreas limítrofes. Finalmente, a qualidade de vida aqui, não se podia comparar, na grande maioria dos casos, ao que se passava quer em Lisboa, quer no Porto, atendendo a que estas duas cidades usufruiam, para efeitos de habitação, de bairros perfeitamente estruturados e estabilizados, o que não acontecia nos restantes locais. A ocupação dos solos Este movimento de ocupação dos solos não se verificou, como é óbvio, só aqui em Portugal e se, por exemplo, dedicarmos algum tempo a tentar perceber o que se passou noutros locais de grande concentraçãp populacional, por essa Europa fora, como foi o caso de Madrid (que apesar de tudo é um caso especial), Paris ou Londres, verificamos o aparecimento de aglomerados populacionais perfeitamente identificados nas zonas rurais, mas possuindo todas as infraestruturas necessárias e de apoio aos habitantes dos referidos aglomerados. Estes correspondem a verdadeiras aldeias, mas mais modernas, com casas individualizadas mas obedecendo a um padrão tipo, servidas por estradas muito boas, que não precisam de ser autoestradas, as quais permitem o acesso rápido ao centro, ou igualmente servidas por combóios, muitas vezes o metro, ou ainda autocarros, com grande mobilidade e frequência. Estas verdadeiras urbanizações limitrofes não se podem comparar com o que se passa aqui em Portugal, pois o que de mais próximo temos com aquela realidae, ou são condomínios privados, com habitações a preços exorbitantes, ou então, no extremo oposto, aldeias tipicamente saloias, onde se foram instalando, sem qualquer preocupação de ordem urbanistica, uma ou outra família da cidade, movimento desorganizado e sem o acompanhamento que é devido pelas autoridades municipais. A Old Village São contudo soluções bastante mais baratas que os condomínios privados de que falámos atrás mas representam ao fim e ao cabo o perfeito divórcio existente entre as autarquias, no seu papel de ordenamento, que não deveriam esquecer, e os cidadãos destes lugares, em geral. Apenas para dar um exemplo representativo daquilo que pensamos que deve ser o objectivo a prosseguir pelas autarquias apresentamos um vídeo acerca de uma aldeia que cresceu com organização, localizada no Algarve " A Old Village". Dotada de características fora do vulgar, embora neste momento até já um pouco antiquadas, este exemplo constitui uma solução extremamente feliz para resolução da problemática da habitação |
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